quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Dei sogni resta la speranza
Provavelmente o poema tem erros de tempos verbais e falta de acentos, e não me apeteceu consultar um dicionário, o título é "dos sonhos resta a esperança"
Dei sogni resta la speranza
giorni vadono
giorni arrivano
e io sto sempre in la stessa plaza
ma uno di questi giorni sera diferente dei altri
il mio corazone non existira piú
e doppo andro dove niente mi racontrara
in quella plaza dove cé la felicita
la stessa dei livri dei bambini
non ho mai cresciuto
i anni passano e io...
io ancora sogno tutti i giorni con il mio principe
e lo so que lui non existe
ma io continuo sognando
e questo sogno di bambini
mi fa sentire la tristezza in tutte le cose que vedo
e sta ucidando la speranza que mi resta
perche io lo so que i sogni non sono più di sogni
ma continuaro sognando
sognando al infinito
per dire al mundo
"sono ancora viva!"
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Romance dos tempos modernos
Conversa típica
Lista de livros
José Saramago:
-A jangada de pedra
-O evangelho segundo Jesus Cristo
-O ano da morte de Ricardo Reis
-As intermitências da morte
-Levantado do chão
-Memorial do convento
-Todos os nomes
-Ensaio sobre a lucidez
-Os poemas possíveis
-As pequenas memórias
-Cadernos de Lanzarote
-A bagagem do viajante
-Caim
-In nomine dei
-A viagem do elefante
Júlio Dinis:
-As pupilas do senhor reitor
-Uma família inglesa
Eça de Queiroz:
-A cidade e as serras
-Os maias
-A relíquia
Margarida Rebelo Pinto:
-I'm in love with a popstar
-Não há coincidências
Miguel torga:
-Antologia Poética
Jorge Amado:
-Capitães da areia
Não vou colocar aqui os livros abrangidos pelos programas escolares do ensino secundário tais como Os Lusíadas,A mensagem e poemas de F.Pessoa, Frei Luís de Sousa,etc,porque é óbvio que os li todos.
Moliére:
-O Misantropo
-Escola dos maridos
Virginia Woolf:
-O quarto de Jacob
-Orlando
Edgar Allan Poe:
-Os crimes da Rua Morgue
-Annabel Lee
-O mistério de Marie Rogêt
-O corvo e outros poemas
-Sozinho
Oscar Wilde:
-O retrato de Dorian Gray
-O fantasma de Canterville
George Elliot:
-Silas Marner
Joseph Conrad:
-Coração das trevas
Lewis Carroll:
-Alice no país das maravilhas
Bram Stoker:
-O convidado de Drácula
-A casa do juíz
-A Índia
Mary Shelley:
-Frankenstein
Jorge Luís Borges:
-Os conjurados
William Shakespeare:
-Hamlet
Jeanette Winterson:
- The PowerBook
E tenho a sensação que algo se me olvida... Não , não é a J.k.Rowling nem o Tolkien, mas li esses também...
domingo, 21 de novembro de 2010
Rui Damião
Consomem-me os outros
Tal uma matilha de lobos,
Por regras que eu não escrevi
Nem nasci pra fazer parte,
Serei eu tão altivo
Tão culpado e arrogante
Por olhar à minha volta
E me ver tão distante?
Consomem-me os outros
tal como animais sedentos
por beber do meu rio
Que seca de tempos a tempos
Não sou mais que ninguém
Serei até menos certamente
se fosse, passaria indiferente
Tal como passa toda a gente
Nunca pedi por nada disto
Nem por nada de mim
Se pedisse nunca escolhia
Tal maldição assim
Consomem.me os outros
Os consumidos indiferentes
Que por razões que desconheço
Se dissolvem na corrente.
Hamlet de W.Shakespeare
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
He,she,he,them (in this far freezing desert)
http://www.youtube.com/watch?v=bxGzX-ZA25s
I don't know what else can i do for my life
im such a creep
no one will ever understand me
cos no one passes for things i pass trough
it's my life! not urs!
how can you expect to fucking understand me?
in this far freezing desert im all alone
by myself
and im ok this way
just step away from me, and i'll be just fine
he, she, he, them!they're destroying myself
he, she, he, them!step away from me!
he, she, he, them!stay where you are
and i'll be just fine
he, she, he, them!i'll show you your hell
wanted to be part of fucking mind?no you're arrested in it
happy now?cos i'm not! i'm not fucking happy
i'm miserable,but i'll turn that fucking crap you call a brain into nothing!
Miocardite
a minha macrobia esmaga o machial
madrugadas e memórias que morrem
meus músculos que se desvaneiam amargurosamente
meus olhos mirando algum milagre numa maca
matéria e massa macabramente melancólica
macadamizem este mero monstro macambúzio!
só espero pelo machado macilento que sempre me maculou
que ceife a vida desta madalena madrigálica
maiêutica malgalante que me amaldiçoas!
esta mortualha na mente mortifica qualquer ser
alguém mude e me mostre um novo mosteiro minudenciosamente
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente" (F.Pessoa),
ao citar isto não significa que me esteja a expressar em relação à falsidade,mas sim ao fingimento, que em tudo se opõem.
Falsidade e fingimento. Duas palavras que poderiam levar o público menos instruído à conclusão de sinonímia. Mas equivocar-se-iam.Falsidade e fingimento está como o branco para o preto.
Ora, no âmbito dos meus sentimentos e escrita, nada é falsificado.Tudo é fingido.Os sentimentos são reais,a escrita é verdadeira. De uma forma mais explícita, no momento em que escrevo o que sinto é: tudo e rigorosamente nada.
Encontro-me numa espécie de transe, um modo apatético. Estou num mundo só meu, abstraída de todos os sentimentos; e num mundo a sós poucos sentimentos se poderão exprimir e descrever.
É aqui que entram as memórias e recordações, estas que me consomem o ser.São estas particularidades do inconsciente o meu petróleo,a minha matéria prima. Sem elas, nunca uma linha teria sido escrita ou pensada.
Seria isto que o ilustre Pessoa sentia quando escrevia? Cada poeta é único por trás do manto invisível das semelhanças comuns.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Antologia poética de Miguel Torga
Vou transcrever alguns exemplos:
Esperança
Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz! Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.
Câmara escura
Devagar,
Hora a hora,
Dia a dia,
Como se o tempo fosse um banho de acidez,
Vou vendo com mais funda nitidez
O negativo da fotografia.
E o que eu sou por detrás do que pareço!
Que seguida traição desde o começo,
Em cada gesto,
Em cada grito,
Em cada verso!
Sincero sempre, mas obstinado
Numa sinceridade
Que vende ao mesmo preço
O direito e o avesso
Da verdade.
Dois homens num só rosto!
Uma espécie de Jano sobreposto,
Inocente,
Impotente,
E condenado
A este assombro de se ver forrado
Dum pano de negrura que desmente
A nua claridade do outro lado.
Negrura
Neste dia sem luz que me anoitece,
Que me sepulta inteiro,
Até de mim a minha dor se esquece
Para que eu seja um morto verdadeiro.
Chove tristeza fria no telhado
Do castelo do sonho; nua, nua
A calçada que subo, já cansado
De tanto andar perdido nesta rua.
Duma olaia caiu, morta, amarela,
Qualquer coisa que foi princípio e fim;
E bem olhada, bem pensada, é ela
Aquela folha que lutou por mim...
Sozinho e morto ouço cantar alguém,
Mas é longe de mais a melodia...
E o ouvido que vai nunca mais vem
Trazer me a luz que falta no meu dia.
In Nomine Dei de José Saramago
Além de nobel da literatura e romancista, Saramago também explorou o teatro, tendo este livro ganho o Grande Prémio de Teatro APE/SEC.
Toda a acção decorre em Münster, entre Maio de 1532 e Junho de 1535.
No princípio do primeiro acto, denota-se o clima de oposição entre os católicos e os protestantes. O mais engraçado é o facto de travarem uma guerra hipócrita em nome de um deus, que só por ocasião do acaso, é o mesmo deus! Podendo não o ser, é-o.
Mais uma vez Saramago tenta abrir os olhos a quem fechados os tem por natureza ou por inconsciência consciente, pois olhos fechados por natureza só os cegos os têm infelizemente.Ao longo dos três actos cometem-se os piores actos contra a condição humana,mas tudo feito , claro está, em nome de deus, pois seria uma grande heresia se o fosse por vontade do homem.
Cada atrocidade cometida, é sempre seguida da típica frase "vontade de Deus",daí o nome "In Nomine Dei".
Algo deveras cómico na peça foi a punição pela práctica do adultério, mas passado algum tempo os mesmos crentes decidiram instaurar a poligamia, justificando-a como a vontade de deus.
Que mudou até aos nossos dias? Nada.